RESUMO DO CAPÍTULO DOIS DO LIVRO AS 48 LEIS DO PODER.
LEI 2
NÃO CONFIE DEMAIS NOS AMIGOS.
APRENDA A USAR OS INIMIGOS
Tenha muita cautela com os
amigos no ambiente de trabalho, eles o trairão mais rapidamente, pois são com
mais facilidade levados à inveja. Eles também se tornam desrespeitosos e
tirânicos.
Mas contrate um ex-inimigo e ele lhe será mais fiel do que um amigo,
porque tem mais a provar. De fato, você tem mais o que temer por parte dos
amigos do que dos inimigos. Se você não tem inimigos, descubra um jeito de ter
alguns.
Todas as situações
de trabalho exigem uma certa distância entre as pessoas. Você está tentando
trabalhar, não fazer amigos; a amizade (real ou falsa) só obscurece esse fato.
Ninguém acredita
que um amigo possa trair.
Amigos são como os
dentes e a mandíbula de um animal perigoso, se você não toma cuidado eles
acabam mastigando você.
É natural querer
empregar os amigos quando você mesmo está passando por dificuldades.
O mundo é árido e os
amigos o suavizam. Além do mais você os conhece. Por que depender de um
estranho quando se tem um amigo à mão?
O problema é que
nem sempre se conhece os amigos tão bem quando se imagina. Eles costumam
concordar para evitar discussões, disfarçam suas qualidades desagradáveis para
não se ofenderem mutuamente. Acham graça demais nas piadas uns dos outros.
Visto que a honestidade raramente reforça a amizade. Você talvez jamais saiba o
que um amigo realmente
sente. Eles dirão
que gostam de poesia, adoram a música, injevam o seu bom gosto para se vestir –
talvez estejam sendo sinceros, com frequência não estão.
Quando você decide
contratar um amigo, aos poucos vai descobrindo as qualidades o que ele, ou ela,
estava escondendo. Curiosamente, é o seu ato de bondade que desequilibra tudo.
As pessoas querem sentir que merecem a sorte que estão tendo. O recibo por um
favor pode ser opressivo: significa que você foi escolhido porque é um amigo,
não necessariamente porque merece. Existe quase um ato de condenscendência no
ato de contratar os amigos que no íntimo
os aflige. O dano
vai surgindo lentamente: um pouco mais de honestidade, lampejos de inveja e ressentimento
aqui e ali e, antes que você perceba, a amizade se foi.
Quanto mais favores
e presentes você distribuir para reavivar a amizade, menos gratidão você receberá
em troco.
A ingratidão tem
uma longa e profunda história. Ela tem demonstrado seus poderes há tantos
séculos que é realmente interessante que as pessoas continuem subestimando-a.
Melhor é prestar atenção. Se você nunca espera gratidão de um amigo, vai ter
uma agradável surpresa quando eles se mostrarem agradecidos.
O problema de usar
ou contratar amigos é que isso inevitavelmente limitará o seu poder.
É pouco frequente o
amigo ser a pessoa mais capaz de ajudar você; e, afinal, capacidade e
competência são muito mais importantes do que sentimentos de amizade, não é
mesmo?.
A chave do poder,
portanto, é a capacidade de julgar quem é o mais capaz de favorecer os seus
interesses em todas as situações. Guarde os amigos para a amizade, mas para o
trabalho prefira os capazes e competentes. Seus inimigos, por outro lado, são
uma mina de ouro escondida que você deve aprender a explorar.
Quando você não
pode explicar nem um objetivo de trabalho, inventar um inimigo com todas as
características opostas a tal objetivo resolve o problema. Seus colaboradores
entenderão mais e você precisará explicar menos.
Um inimigo
nitidamente definido é um argumento muito mais forte a seu favor do que todas
as palavras.
Jamais deixe que a
presença de inimigos o perturbe ou aflija - você está muito melhor com um ou
dois adversários declarados do que quando não sabe quem é o seu verdadeiro inimigo.
O homem de poder aceita o conflito, usando o inimigo para melhorar a sua
reputação como um lutador seguro, em quem se pode confiar em épocas incertas.
Se você não tem inimigos, invente um.
“Os homens
apressam-se mais a retribuir um dano do que um benefício, porque a gratidão é um
peso e a vingança um prazer.”
Tácito
“Saiba tirar
vantagem dos inimigos. Você precisa aprender que não é pela lâmina que se segura
a espada, mas pelo punho, para poder se defender. O sábio lucra mais com seus inimigos
do que o tolo com seus amigos.”
Baltasar Gracián.
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